de: Grace Blakeley | Tema: Economia | Novembro 2020 | Gradiva
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Como a Pandemia mudará o Capitalismo – Uma análise e proposta de esquerda radical.

Sinopse:

Segundo a autora, o mercado livre, o capitalismo competitivo está morto. A separação entre política e economia não poderá continuar a ser defendida. Grace Blakeley teoriza sobre as mudanças que marcaram uma época que o coronavírus deixará no seu rasto. Vivemos um momento único na História. A pandemia causou a recessão global mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial. Com um custo humano que continua a reflectir-se num número ainda crescente de mortes, com muitos Estados a continuarem incapazes (ou relutantes) de lidar com os efeitos do vírus. Aconteça o que acontecer, nunca iremos voltar ao funcionamento habitual. Esta crise levará a uma nova era de capitalismo monopolista, argumenta Blakeley, à medida que as empresas se desmoronam nos braços do Estado e os gigantes da tecnologia crescem em proporções sem precedentes.
Precisamos de uma resposta radical. A recuperação pode passar pela transformação dos nossos sistemas políticos, económicos e sociais com base nos princípios de um Novo Acordo Verde. De contrário, as alternativas, como Blakeley avisa, podem ser ainda piores do que tememos.

Sobre a Autora:

Grace Blakeley escreve para a revista socialista Tribune, apresenta o podcast A World to Win e é autora de Stolen: How to Save the World from Financialisation. Foi investigadora no Institute for Public Policy Research e fez comentário político e económico no New Statesman. Aparece regularmente como comentadora no Question Time, BBC This Week e BBC Breakfast. Do seu primeiro livro, Stolen: How to Save the World from Financialisation, disse um crítico: «Uma crítica convincente do capitalismo moderno para socialistas e cépticos.» E outro crítico: «Tendenciosa na forma como apresentou supostas evidências para os seus argumentos.» Da ala esquerda do Partido Trabalhista, apoiou Jeremy Corbin nas eleições de 2015 e 2016, embora o tenha criticado em 2016 por não ter «desafiado a hegemonia do neoliberalismo» da maneira que ela imaginou que faria. Defende um Novo Acordo Verde, considerando que «uma revolução industrial verde é a única opção», uma transição justa para uma economia livre de carbono. É eurocética, classificando a União Europeia como «neoliberal», «neocolonial» e «dirigida ao interesse das elites financeiras e corporativas». Descreveu as instituições da UE como «inerentemente antidemocráticas». Criticou o euro por ser «incrivelmente favorável» à Alemanha e beneficiar o norte da Europa à custa de ter «humilhado miseravelmente» a Grécia e a Itália, e prejudicado a competitividade das exportações do sul da Europa. Blakeley apoia uma versão de esquerda do Brexit. Defende que o Reino Unido deve apoiar a livre circulação de pessoas e a promoção de uma maior imigração das partes do mundo mais afetadas pelo neocolonialismo.